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Fotografias da notável vila de Castelo de Vide

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Fotografias da notável vila de Castelo de Vide

Termas de Castelo de Vide

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Designação

Termas de Castelo de Vide

Outras Designações

Águas Minerais de Castelo de Vide

Divisão Administrativa

Portalegre / Castelo de Vide / Santa Maria da Devesa

 

Nota Histórico-Artistica

Uma das primeiras referências às águas de Castelo de Vide data de 1706, e refere-se à Fonte da Vila, cuja edificação actual deverá remontar ao reinado de D. João III. Apesar da excelência reconhecida da água e das suas propriedades terapêuticas, bem como da importância local da fonte (que constituiu o ponto gerador do próprio sistema urbano medieval), esta e outras nascentes da localidade - caso da Fonte da Mealhada - só foram consideradas para fins medicinais depois das análises efectuadas por Charles Lepierre em 1918, data a partir da qual começou a ser estudada a captação da nascente. Em 1940 iniciaram-se estudos para novas captações, e teve início a construção do balneário. A vila medieval recebeu assim uma rede de esgotos moderna, e todo o caudal da Fonte da Vila foi desviado para o complexo termal.
O balneário ficou concluído em 1942, com projecto dos arquitectos Ernesto e Camilo Korrodi. O estabelecimento termal e anexos, localizados a cerca de 20 metros da Fonte da Vila e num nível médio de 4 a 5 metros inferior a esta, incluía um buvette (sendo que a água de Castelo de Vide é particularmente adequada a tratamentos por ingestão), quatro quartos de banho para homens e quatro para mulheres, e cabines para duches e outros tratamentos. O edifício, de dimensões modestas, é um exemplo típico da arquitectura pública do Estado Novo, de estética regionalista. Funcionou até ao início da década de 90, e hoje encontra-se abandonado, ainda que se conserve em relativo bom estado de conservação.
Sílvia Leite / DIDA - IGESPAR, I.P. / 2011

 

in "http://www.patrimoniocultural.pt/pt"  
 

Fonte dos Cães, Castelo de Vide

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Lenda da Fonte dos Cães
(Castelo de Vide)

Versão de Castelo de Vide, recolhida e publicada por Maria Guadalupe Transmontano Alexandre (1976) – Etnografia, Linguagem e Folclore de Castelo de Vide, Viseu, Junta Distrital de Portalegre.



Contava-se que uma noite vindo um rapaz de namorar, resolveu dessedentar-se.
Quanto o fazia apareceu-lhe um homem que lhe disse:
“Então estás a beber as sobras da minha cozinha?”
Como o moço se mostrasse espantado logo o levou junto de uma placa de pedra por cuja argola puxou.
Apareceu uma escada de mármore por onde desceram e que dava acesso a um maravilhoso palácio.
Após a visita o estranho homem disse:
“Se quiseres ganhar todas estas riquezas só terás de vir amanhã à meia-noite. Há-de aparecer um touro e tu hás-de-lhe aparar três sortes.”
Ao outro dia o rapaz na mira de enriquecer de um momento para o outro ter-se-ia deslocado à fonte à hora combinada, onde viu o touro que investiu nele.
Aguentou a primeira e a segunda investidas, mas cheio de medo desistiu à terceira.
Então ouviu uma voz dizer:
“Ah! Ladrão! Que me dobraste o encanto!...” 

 

in "http://nortealentejano.blogspot.pt"
  

Capela da Nossa Senhora dos Prazeres, Castelo de Vide (Ponte de Sor)

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A aparição de Nossa Senhora dos Prazeres
(Castelo de Vide)


1
Versão de Castelo de Vide, recolhida e publicada por António Franco Infante (Infante, 1985: 136).


 Nossa Senhora apareceu a um pastorinho no local onde está situada a capela [Vale de Açor, Ponte de Sor] e disse-lhe que fosse a Castelo de Vide pedir aos lavradores para ali construírem uma capela. Assim fizeram, escolhendo para orago dessa capela Nossa Senhora dos Prazeres.
Mais tarde, por motivo de grande estiagem, os lavradores de Castelo de Vide, prometeram anualmente fazer uma festa em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, se d’ Ela obtivessem a graça da chuva necessária para os seus campos. A graça foi concedida, chovendo abundantemente. E desde então até hoje, os lavradores de Castelo de Vide lá vão à Ponte de Sor venerar festivamente Nossa Senhora dos Prazeres […].


2
Versão de Castelo de Vide, recolhida e publicada por Maria Guadalupe Transmontano Alexandre (Alexandre, 1987: 476 – 477).


 Andando um pastorinho negro com seu rebanho pela Herdade de Alparrajão apareceu-lhe Nossa Senhora que lhe pediu o seguinte:
“Devia vir a Castelo de Vide dizer aos lavradores que lhe construíssem uma capela no local, onde celebrariam uma festa em Sua honra no dia 8 de Setembro de cada ano”.


Perante o embaraço do jovem negro que se mostrou desconhecedor da terra onde deveria dirigir-se explicou a Virgem que “caminhasse até encontrar muitos homens juntos”. E assim chegou.


Não logrou no entanto convencer os destinatários da mensagem e voltou para junto do rebanho. Nossa Senhora apareceu de novo e depois de ouvir o pastorinho enviou-o pela segunda vez a esta vila. E ainda a incredulidade foi a resposta obtida pelo pobre caminheiro. Voltou e pela terceira vez viu a Virgem que lhe prometeu então um milagre:
“Diz-lhes que é tão verdade o que lhes transmites como o será o facto à vista deles te tornares branco”.
E o humilde mensageiro dirigiu-se a Castelo de Vide e falou aos lavradores. O milagre operou-se e perante ele cessaram as objecções. Montaram a cavalo e foram à Herdade de Alparrajão, trazendo uma Imagem que encontraram para a Igreja de Santiago da sua terra.
Conta-se que os cavalos corriam e não se lhes via pinga de suor. Mas o pedido não fora satisfeito. E assim ao outro dia a Imagem desapareceu da vila.


Fizeram então construir a capela na Herdade e começaram a celebrar a festa que ainda hoje se mantém.


3
Versão de Ponte de Sor, recolhida por Primo Pedro da Conceição Freire Andrade e citada por Maria Guadalupe Alexandre (Alexandre, 1987: 478).


 […] Nossa Senhora apareceu uma vez dentro de uma toca de uma azinheira. Um pastor de Castelo de Vide, que apascentava o seu rebanho por ali, encontrou a imagem e levou-a, um dia, para a Igreja da sua terra. Tempos depois, Nossa Senhora voltou ao local da primeira aparição. Novamente o pastor a encontrou e voltou a levá-la. E quantas vezes a Senhora foi levada para Castelo de Vide, quantas vezes voltou a aparecer ali. Então, […] o povo mandou construir no local uma Igreja, cujo altar-mor é no sítio da própria azinheira, que para o efeito foi serrada.

 

in "http://nortealentejano.blogspot.pt"
  

Caracterização de Castelo de Vide

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Caracterização

 

Toda a região testemunha a presença do homem desde os tempos mais remotos da sua existência, pois os vestígios arqueológicos, desde o paleolítico até ao tempo actual, comprovam a continuidade da permanência dos ocupantes ao longo das épocas, ex: menir da meada, necrópole megalítica dos coureleiros, construções de falsa cúpula, várias antas.

 

O património arquitectónico de Castelo de Vide é de uma grande riqueza, é a expressão de uma história plena de vicissitudes, permanecendo vivos os sinais de diferentes ocupações. Merecem destaque o burgo medieval, o castelo, o forte de S. Roque, as muralhas que envolvem a vila, a judiaria, a sinagoga medieval e as portas e janelas ogivais dos séculos XIV a XVI. Para além de constituir uma forte atracção turística, o património arquitectónico de Castelo de Vide constitui um elemento de referência na identidade territorial dos seus habitantes. A população residente é de 4144 habitantes, e a economia local assenta principalmente no turismo.

 

O solo é caracterizado por rochas do complexo xisto-grauváquico ante-ordovícico, envoltas por granitos hericínios de Nisa a este e a norte e granitos tecnonizados de Portalegre a sul. Apresenta um relevo variável sendo a parte sul caracterizada por várias elevações, tendo a mais alta 762m de altitude, enquanto que para norte, na área do complexo xisto-grauváquico, o terreno torna-se mais plano com cotas entre os 290 a 320m.

 

Relativamente à fauna e à flora, a diversidade das condições ecológicas aponta para a presença de numerosas comunidades de animais. Aves consideradas raras, como a águia-de-bonelli e o grifo, repartem o território com gaviões, águias cobreiras, peneireiros-cinzentos, milhafres e tartaranhões, havendo ainda a assinalar a presença do bufo-real e da coruja-do-mato. Para além das aves de presa, é de notar a presença da cegonha-negra em Castelo de Vide, enquanto um numeroso grupo de passeriformes povoa os recantos serranos. No seu conjunto, as espécies referenciadas representam mais de metade das dadas como nidificantes no país.

 

Dos mamíferos, o javali e o veado encontram-se em expansão, sendo o texugo, o toirão, o saca-rabos, o geneta, o gato-bravo, a conhecida raposa e o vulgar coelho, animais mais comuns.

 

Numa região em que a expressão mediterrânica é manifesta, a presença de carvalhais e castinçais conferem a este Alentejo um sabor de paragens setentrionais, ambas vivem em paredes meias com sobreiros, azinheiras, oliveiras e todo um cortejo de espécies silvestres, algumas das quais raras.

 

As linhas de água sazonais são abundantes e as principais ribeiras (S. João, da Vide e de Nisa) irrigam os campos  fazendo com que algumas zonas apresentem bons níveis de humidade durante a maior parte do ano, facto que permite o cultivo de várias espécies hortícolas e a existência de boas zonas de pastagens.

No subsolo encontram-se várias jazidas de cobre, ferro, chumbo, volfrâmio. A qualidade dos seus níveis freáticos permitem o aparecimento de muitas nascentes por todo o Concelho, destacando-se as propriedades das águas minero-medicinais (Vitalis e Castelo de Vide) exploradas mais a sul na zona de granitos, constituíndo um importante recurso industrial. 

 

in "http://www.cm-castelo-vide.pt"
 
 
Apresentação histórica: Apelidada por D. Pedro V como Sintra do Alentejo, Castelo de Vide era ainda em 1299 um lugar etã mais chão q forte. Foi o conflito entre os herdeiros de D. Afonso III, D. Afonso Sanches e D. Dinis, que deu inicio à história da vila D. Dinos, ao subir ao trono em 1279, despoletou a infâmia do irmão que ordenaria em Vide, seu patronato, a construção de uma muralha. D. Dinis dá cerco à vila, terminado somente pela chegada de uma embaixada de Aragão com a proposta de casamento do rei com D. Isabel de Aragão.
 
Apresentação geográfica: Castelo de Vide ocupa o flanco norte de nordeste da Serra de São Mamede, estendendose para norte pela peneplanície granitica, onde surge o espelho de água da albufeira da Barragem da Póvoa e para onde se encosta ao Rio Server. A Serra de São Paulo, em frente à vila, é uma das partes da Serra de São Mamede.
 
A não perder: Castelo de Castelo de Vide (MN - sécs. XIII-XIV), Menir da Meada (MN - Neocalcolítico), Fonte da Vila (sécs. XIV-XV), Ermida de Nossa Senhora da Penha na Serra de São Paulo (séc. XVI), Igreja Matriz de Nossa Senhora da Devesa (sécs. XVIII-XIX).
 
Agenda Anual: Semana Santa (Semana de celebrações pascais onde o sagrado e o pagão coabitam em festica harmonia, benção dos cordeiros, chocalhada), Festival Andanças (Na Barragem da Póvoa, um festival de música e danças populares onde aprender é mais importante que ver), Feira Medieval (No 1.º fim-de-semana de setembro).
 
in "Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo 2015"

Síntese Histórica, Castelo de Vide

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Síntese Histórica

 

Perde-se nas brumas do tempo e das lendas a razão pela qual foi criada uma praça-forte neste local. Esta dúvida que só a arqueologia poderá esclarecer com segurança, estaria possivelmente relacionada com a morfologia dos solos que juntamente com factores de estratégia de ordem territorial, uma vez que era necessário consolidar as recém conquistadas terras, levaram a que se fixasse um espaço defensivo e criar condições para possivelmente existentes e novas populações.

 

Sabe-se por Rui de Pina que em 1299 Castelo de Vide era ainda "lugar etã maís chão q forte" ainda que desde essa data seja apelidado de "Castel da Vide" e que Afonso Sanches, filho de D. Afonso III, iniciou obras de reconstrução das muralhas que foram continuadas pelo seu irmão, D. Dinis , ficando finalmente concluídas no reinado de D. Afonso IV.

 

Estes melhoramentos dotavam esta praça de melhores condições defensivas alargando a cintura de muralhas, abrangendo o poço inicialmente de fora protegendo a sua entrada que era feita pelo interior do burgo. Uma linha de novas muralhas englobou a cidadela e o aglomerado populacional que já se havia estabelecido fora dela. Foi construída uma importante torre de menagem, periférica e saliente relativamente aos muros, para melhor defender o lado Sul, de mais fácil acesso e ataque. Todos estes reforços no sistema defensivo são indicativos da crescente importância que Castelo de Vide representava em termos estratégicos, tendo o s seus muros experimentado as máquinas de guerra e os assédios durante os conflitos com Castela, em que o nosso país foi fértil durante a Idade Média, como na manutenção municipalidade, adquirida em 1276 quando Castelo de Vide se libertou do termo de Marvão para formar o seu próprio concelho.

 

Lentamente ocorre a expansão urbana fora das muralhas do castelo, ainda durante o século XIV. As condições da encosta Sul, com boa exposição solar e um declive mais suave, em detrimento das vertentes Norte e Oeste, mais escarpadas e ventosas, determinaram a expansão deste arrabalde. A fundação de várias igrejas e ermidas extramuros estabeleceram com o castelo eixos preferenciais de estruturação da paisagem. Assim aconteceu com o eixo de comunicação que desde a entrada do castelo procurou encosta abaixo a ermida de Santa Maria, fundada em 1311 no local da actual Matriz. Este eixo foi certamente uma das mais antigas vias de expansão, estabelecendo ainda a separação entre as duas vertentes da encosta e também entre o outro arrabalde onde a nascente, a fonte de água, já utilizada pelos habitantes do burgo em tempo de paz, determinou a expansão urbana para esta vertente, compensando assim, os declives mais acentuados e a exposição solar menos privilegiada. Não se sabe ao certo se um dos arrabaldes terá surgido primeiro que o outro, mas o mais provável será terem-se desenvolvido na mesma época vindo este a ser paulatinamente utilizado pelos judeus que de Castela e Aragão procuravam refúgio após a sua expulsão do reino vizinho. Muitos se terão estabelecido em Castelo de Vide por estar próxima da fronteira e da portagem de Marvão, fazendo aumentar a comunidade judaica aqui existente e certamente contribuindo para o desenvolvimento que iria caracterizar a Vila.

 

É possível ter uma ideia, ainda que um pouco falível, do desenvolvimento urbano que a vila apresentava até ao século XVI pelos desenhos de Duarte d' Armas, as mais antigas representações que se conhecem da vila, onde se pode verificar que no primeiro quartel do século XVI, ambas as vertentes da encosta se encontravam construídas.

 

A população dedicava-se à agricultura, cultivando a vinha, o linho, a oliveira, frutas e cereais e também à criação de gado. Também a indústria da moagem aqui se desenvolveu, com várias azenhas a funcionar ao longo das ribeiras de Vide e de Nisa, assim como a indústria da fiação de lã, tendo como suporte os gados que eram criados no termo da Vila. A partir dos finais do século XV, princípios do XVI, a fiação da lã adquiriu uma tal importância, que já anteriormente a D. João III (1521-1557), era um dos principais mesteres de Castelo de Vide e os seus habitantes passaram a ser apelidados de "Cardadores," Os 885 vizinhos que possuía em 1527 subiram para 1400 em 1572, e para 1600 em 1603. Na base deste surto populacional esteve o incremento da produção agrícola, da tecelagem e do comércio com Espanha.

 

O foral novo (D. Manuel, 1512) determina as normas sob as quais a vila deveria ser administrada. Não apenas novas leis são estabelecidas como também a administração dos espaços públicos e a organização dos respectivos limites. É neste momento que a instalação do mercado na grande praça (Rossio) foi regulamentada. Esta área, uma vez integrada no tecido urbano, cedo adquiriu o estatuto da praça principal que manteve até aos nossos dias, determinando as referências para o desenvolvimento dos novos bairros.

 

O sistema de ruas paralelas que cresceram na encosta de São Roque a partir dos finais do século XVI, prova com clara evidência esta relação com o "Rossio" e os sinais de um esquema preconcebido.

 

Apesar dos frequentes conflitos com Espanha, nos princípios do século XVI, a vila não viu as suas fortificações serem ampliadas. A fortaleza medieval assegurou até bastante tarde a protecção e a defesa do território adjacente.

 

Contudo, o conflito que se seguiu aos 80 anos de domínio espanhol (de 1580 a 1640) trouxe de novo a necessidade de novas muralhas. Os trabalhos da fortificação de Castelo de Vide fizeram parte de uma campanha global de visava a renovação da totalidade da linha de fronteira.

 

A guerra com Espanha durante 28 anos (de 1640 a 1668), foi tempo suficiente para a organização de uma operação efectiva conjunta do governo, do exército e com o precioso conhecimento de diversos engenheiros militares que introduziram as inovações da arte de fortificar francesa e inglesa.

 

1641 foi o ano do início de uma longa campanha de trabalhos em Castelo de Vide, no entanto, só após uma década decorrida a linha fortificada por bastiões começou a ter forma, repondo uma frágil barreira de paliçadas que, em muitos pontos, constituía a única forma de defesa.

 

A realização destes trabalhos, nos princípios do século XVIII, teve como consequência, a partir de então, uma forte restrição da expansão urbana da vila. O tecido urbano foi crescendo gradualmente preenchendo o centro com casas senhoriais que foram construídas pela aristocracia e nobreza.

 

Além da longa linha de muralhas abaluartadas, os trabalhos incluíram o envolvimento da antiga fortaleza medieval com uma linha de baluartes e revelins, a construção de uma outra fortaleza (1705) na colina de São Roque e a adaptação da antiga cidadela às exigências da artilharia e aos novos sistemas defensivos.

 

De 1704 a 1708 outro conflito com Espanha infringiu diversas destruições na região. Em Castelo de Vide a fortificação serviu novamente os seus desígnios, no entanto, muitas partes ficaram bastante destruídas, em particular a torre de menagem medieval que ficou muito arruinada.

 

Em 1710, sendo governador da praça militar Manuel de Azevedo Fortes, uma outra linha abaluartada foi terminada com vista à protecção do Convento de São Francisco, de duas igrejas e de um pequeno bairro que ficou exterior aquando da primeira fortificação.

 

Durante o século XVIII a vila sofreu um desenvolvimento urbanístico lento, com a maior parte das construções a tornarem-se compactas uma vez que, eram constrangidas no interior das muralhas. O número das residências e o conjunto da população atingiu o seu máximo no fim do século (1700 fogos com 7000 habitantes).

 

Embora não ocorram novas obras de conservação nas muralhas a partir do século XVIII, Castelo de Vide continuou até meados do século XIX com a imagem inalterada, passando por um período de declínio das industrias de tecelagem (em parte devido à criação das manufacturas em Portalegre), com as ocupações militares e consequentes destruições espanholas e francesas e a guerra civil, tendo tido um papel activo na nossa história militar, erguendo-se contra os franceses e participando nas lutas civis que avassalaram Portugal durante o século XIX

 

Quando, em 1823, a guarnição militar saiu definitivamente de Castelo de Vide, os baluartes e muralhas foram abandonados ou vendidos a proprietários privados.

 

Em 1836 é suprimido o município de Póvoa e Meadas que passa a estar integrado no de Castelo de Vide.

 

A situação foi invertida quando alguns factores de progresso produziram novamente um impulso no desenvolvimento, algumas vezes a custo de destruição de elementos com valor como é o caso de em 1852 justificaram, a demolição de um imponente arco romano da Aramenha, o qual tinha sido trazido do concelho vizinho de Marvão e reconstruído para ser a principal entrada forte do séc. XVIII no perímetro fortificado. Algumas obras públicas, que passaram pela construção das novas estradas para Marvão, em 1878, para a estação do caminho de ferro que ligava Lisboa a Madrid e a que fazia a circunvalação à Vila e que passava pela Quinta do Prado onde eram aplicadas novas tecnologias na agricultura e no fabrico de "champanhe" por parte da família Le Coq.

 

 

Um novo período de ascensão económica e social começa a perceber-se em meio do século XX, com um aumento do turismo nesta região tendo por base as águas minerais abundantes e diversificadas das várias nascentes que traziam os forasteiros a esta Vila, bem como a posterior engarrafamento e comercialização da água proveniente da Fonte da Mealhada. Pela primeira vez desde o meio do século XVIII cresce o tecido habitacional com a construção de vários bairros extramuros.

 

O casario branco, as inúmeras fontes, os solares oitocentistas, os portais góticos, as 12 igrejas (das 31 existentes no Concelho), os parques e jardins, os recantos pitorescos de construções de arquitectura modesta mas sóbria, a Judiaria, o Canto da Aldeia... são alguns dos singulares valores que tornaram a Notável Vila de Castelo de Vide conhecida mundialmente, sendo hoje o Turismo o sector principal do seu desenvolvimento social e económico. 

 

Bibliografia:

 

. Susana Maria de Quintanilha e Mendonça Mendes Bicho, A Judiaria de Castelo de Vide (contributos para o seu estudo na óptica da conservação do património urbano), Évora, Dezembro de 1999.

 

. Ana Rita Santos Jorge, The Old "Burgo" of Castelo de Vide - Portugal - Safeguard and Conservation, Junho de 1991.

 

Secção de Arqueologia da Câmara Municipal de Castelo de Vide

José Bica - Julho de 2003

 

in "http://www.cm-castelo-vide.pt"
  

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Museu Agrícola de Póvoa e Meadas, Castelo de Vide

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Museu Agrícola de Póvoa e Meadas, Castelo de Vide

 

O espaço museológico agrícola, localizado no terreno próximo do Lar da 3ª Idade de N.ª Sr.ª da Graça de Póvoa e Meadas foi inaugurado na manhã de 25 de abril de 2016. O edifício e terreno envolvente ao Lar foram adquiridos pela Câmara Municipal de Castelo de Vide e agora doados à instituição para a concretização do seu novo projeto: a construção de um novo edifício complementar ao Lar, de modo a satisfazer as exigências da atual lei, relativas às condições necessárias das infraestruturas de IPSS.

 

O despacho de doação do terreno foi publicamente assinado pelo Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide António Pita e pelo Presidente do Lar da 3ª Idade de N.ª Sr.ª da Graça de Póvoa e Meadas Joaquim Belo. Após a assinatura, a população visitou o novo espaço museológico da freguesia, seguido de um lanche-convívio.

 

in "http://www.cm-castelo-vide.pt"
  

Estacao de Ferroviária de Castelo de Vide

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Estacao de Ferroviária de Castelo de Vide

 

Descrição

Localização

Esta interface encontra-se junto à localidade de Castelo de Vide.

Vias de circulação e plataformas

Em Janeiro de 2011, apresentava 2 vias de circulação, ambas com 215 metros de comprimento, e uma plataforma, com 95 metros de extensão, e 40 centímetros de altura.

Painéis de azulejo

A estação está decorada com vários painéis de azulejo com pintura hiper-realista, retratando vários aspectos da vivência tradicional, e alguns monumentos da vila, como o quadro "Fonte da Vila", contrastando com molduras rectilíneas de carácter modernista, policromadas e com desenhos de elementos vegetalistas. Os azulejos são da autoria de Jorge Colaço, e foram produzidos pela Fábrica Lusitânia.

 

História 

Inauguração e expansão

A construção do Ramal de Cáceres iniciou-se em 15 de Julho de 1878, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses; a abertura ao serviço deu-se no dia 15 de Outubro do ano seguinte, mas a inauguração oficial só foi realizada em 6 de Junho de 1880. A abertura desta estação possibilitou um aumento nas relações comerciais, melhorando consideravelmente a situação económica da localidade de Castelo de Vide.

Ligação prevista a a Fratel e Estremoz

Um decreto de 27 de Junho de 1907 previu a construção de uma linha entre Estremoz, na Linha de Évora, e Castelo de Vide, que devia estar concluída no prazo de 3 anos.

Uma comissão técnica, reunida em 1929 para estudar as ligações ferroviárias em Portugal, apresentou uma proposta para uma linha de via larga, ligando Fratel, na Linha da Beira Baixa, a Estremoz, passando por Castelo de Vide.

Nos princípios da Década de 1930, foi renovado o macadame da estrada de Póvoa e Meadas até Castelo de Vide e a estação ferroviária, um melhoramento que foi muito importante devido ao mau estado em que a estrada se encontrava.

Século XXI

No dia 1 de Fevereiro de 2011, a empresa Comboios de Portugal terminou todos os comboios Regionais no Ramal de Cáceres, ficando esta estação sem quaisquer serviços.

 

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in "https://pt.wikipedia.org"
  

Korrodi, Castelo de Vide

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Korrodi, Castelo de Vide

 

CONTEMPORÂNEO
Séc. XX

Ernesto Korrodi, nacionalidade suíça, nasceu em 1870 e faleceu em 1944.
Estabeleceu-se em Portugal, integrando o corpo docente da Escola Industrial de Braga e, em 1894, ingressou na Escola de Desenho Industrial de Leiria (Escola Domingos Sequeira). Estas escolas inserem-se na política do fomento do período da Regeneração que Fontes Pereira de Melo tornará viável através do desenvolvimento tecnológico que, pretensamente, ligará o país à Europa, recorrendo ao recrutamento de vários professores estrangeiros. Na prática, Portugal nunca conseguiu criar e implantar um ensino artístico com aplicação à indústria capaz de recuperar os princípios construtivos associados ao passado e adaptar os novos recursos técnicos à arquitectura.

Korrodi acabará por se fixar definitivamente em Leiria, desenvolvendo a sua actividade de arquitecto um pouco por todo o país.

O período, que Korrodi enfrenta, é marcado pela ascensão de uma nova burguesia à classe dirigente. Esta classe dominante parece pronta a lançar as bases da industrialização, reflectindo uma conjuntura de euforia e crença no Progresso. Contudo, em termos artísticos não vai além da aceitação dos primeiros românticos, centrados no Naturalismo ? corrente associada às artes plásticas que expressa a melancolia, através da representação da natureza e dos costumes, invocando o espírito bucólico, muito ao gosto da burguesia oitocentista ? o que, paradoxalmente, nega o Progresso como cultura artística.
 
Verifica-se então, no domínio da pintura, que as insuficiências do Romantismo "reveladoras de uma total incapacidade de se obstar a uma ruptura com os valores plásticos tradicionais", fatalmente, espelhavam-se nas demais artes.
A burguesia portuguesa necessitava do passado como condição de afirmação das suas referências como classe e da sua identidade. O que ela ansiava resumia-se a uma "dúbia" conciliação do Progresso com a Tradição. Ambição que realça as suas contradições dividida entre o Passado e o Presente e a sua dificuldade em aceitar uma arte em consonância com as técnicas que o século proporcionava aos construtores ?modernos? nas obras de engenharia. Há aqui uma clara incapacidade de assimilar o Progresso entendido como cultura artística. Ora se esta resistência é óbvia nos meios urbanos, designadamente em Lisboa, na província é ainda mais evidente, optando a burguesia por recorrer ao historicismo como garantia da sua promoção na hierarquia social impondo-se como classe. É contra este espírito que Korrodi se insurge, defendendo intransigentemente os museus artísticos-industriais, como agentes dinamizadores da regeneração da Arte, nas suas mais diversas aplicações, e o ensino do desenho como factor determinante da educação do gosto das futuras classes consumidoras.

Com uma vasta erudição, Korrodi inspira-se nos princípios teóricos de Viollet Le Duc e dedica-se aos estudos históricos-arqueológicos, defendendo a salvaguarda dos Monumentos Nacionais, contra um certo espírito reinante onde as ruínas são encaradas com curiosidade pelo pitoresco da paisagem e pelo saudosismo transmitido, e proclamando um ideal de Arte que via no passado a lição necessária para a arquitectura do presente. O que, forçosamente, conduz à defesa da reconstituição dos monumentos do passado, numa perspectiva ainda centrada no princípio da "unidade de estilo", testado, em França, na reconstrução dos monumentos. Esta atitude apesar de indissociável de uma via romântica, acaba por se contradizer ao apoiar-se em regras conducentes a uma renovação ética e estética da Arquitectura e das Artes Decorativas, afirmando a supremacia da razão que, simultaneamente, lança as bases do movimento moderno, representando um ponto de chegada nos revivalismos do séc. XIX (com efeito, se o revivalismo implica um conceito historiográfico que nega as transformações radicais da sociedade burguesa, ele é, simultaneamente, um movimento que se assume como progressista através do recurso aos novos materiais de construção" e nisso caminha a par da ambicionada aliança entre a Tradição e o Progresso no domínio das Artes Decorativas). O revivalismo só virá a ser posto em causa quando a Arquitectura moderna define um novo sistema de valores coerente com as técnicas do presente. Até lá, passar-se-á por uma fase em que se faz a apologia da morte do "espírito gótico" e se proclama que só "a forma sem vida" é que é possível para o construtor do séc. XX, assinalando-se assim o estertor do revivalismo.

Como metodologia de trabalho Korrodi recorre ao desenho, que é uma das ferramentas que domina com grande minuciosidade, registando múltiplos monumentos e detalhes construtivos.

De acordo com o pensamento europeu da época, Korrodi, que apesar de radicado em Portugal mantém-se informado, sem cessar os seus contactos com o estrangeiro, parte do princípio que o conhecimento dos estilos do passado informa ecleticamente o artista e o ornamento reflecte este conhecimento identificando-se com o estilo.

À medida que Korrodi evolui, acaba por ser precursor do "modernismo" sem escapar à sua vocação historicista (ecletismo historicista).

Na prática é um cultor do gótico arqueológico que aplica as suas teorias sobre o restauro dos monumentos no seu empreendimento mais ambicioso ? a reconstrução do Castelo de Leiria. Significa isto que o estilo reside na aplicação dos princípios construtivos de determinada época, operando-se o restauro dentro da própria lógica do sistema, justificando em última instância, o emprego de novas técnicas e materiais. Contudo, por estar a par do curso da mudança que lentamente se operava no domínio da arquitectura e das artes decorativas e que, irremediavelmente, remetia o revivalismo à sua própria historicidade, acaba por renunciar à sua sonhada reconstrução do Castelo de Leiria, preconizando a sua consolidação através de cimento armado. Apesar destas contradições que indiciam obras com filosofias diferentes, com resultados onde, por vezes, emerge a ingerência do cliente presente nas limitações da encomenda que sugerem discutíveis critérios de gosto a que o arquitecto por questões de sobrevivência se tem que sujeitar, poder-se-á afirmar que a obra de Korrodi é essencialmente eclética (livre adopção de estilos onde predomina a fantasia inventiva). Na prática, Korrodi combina referências e estilos diversos e obedece, de um modo geral, a programas comuns à arquitectura do séc. XIX " que adopta o «clássico» para os edifícios públicos e o «medieval» para os religiosos. Porém, diferencia-se dos seus contemporâneos (Ventura Terra, Raul Lino, Norte Júnior, Pardal Monteiro, Adães Bermudes, Nicolau Bigaglia, irmãos Rebello de Andrade, etc.), porque nunca será um arquitecto "monumentalista". No fundo, ao afastar-se de um certo luxo urbano cosmopolita e ao revelar um certo ascetismo de raízes nórdicas que transparece também nas moradias e prédios de rendimento, acaba por distinguir a sua obra no contexto da época. Acresce que Korrodi, além de ser um artista da pedra, criador de uma oficina de canteiros onde desenvolveu uma actividade regeneradora do trabalho tradicional da pedra, é acima de tudo um escultor decorador associado a um movimento que aspira libertar a Arte das suas falsidades decorativas. É essa relação entre a forma e o ornamento que define o seu estilo pessoal, originando uma arquitectura pretensamente sóbria e clara na definição volumétrica que se aproxima, na sua espacialidade, a um programa próximo do "Domestic Revival" inglês e da arquitectura inglesa de "Cottage".
 
Seguidamente, já influenciado por Raul Lino, passa a integrar um conjunto de regionalismos nas suas obras, aproximando-se do espírito da "Casa Portuguesa" e, designadamente, de uma linguagem formal assente na busca das raízes de um tipo de arquitectura nacional. Este aportuguesamento na decoração e na arquitectura manifesta especial atenção para os períodos maneirista e barroco.

A sua formação aliada à actividade artesanal e ao conhecimento da matéria-prima justifica a existência de uma ornamentação minuciosamente estudada, dentro de um entendimento dos valores artesanais da matéria, aplicada sobre superfícies lisas e uniformes. Desta forma, Korrodi, embora tardiamente e sem abdicar de ser um "tradicionalista", acaba por integrar no seu vocabulário a Arte Nova, como nova morfologia decorativa, reflectindo a procura de um programa habitacional que reabilita a arte de construir. A sua acção estende-se inclusive à decoração de interiores e ao desenho de mobiliário, inspirando-se a sua obra nos ideais do movimento Arts and Crafts que defendia a conciliação do utilitarismo com a beleza da forma. Também aqui, embora Korrodi defendesse a educação do gosto das classes médias através das artes aplicadas aos ofícios, lhe aconteceria o mesmo que às suas obras de arquitectura, cujo programa dependia, em última instância, do estatuto social do encomendador. Não obstante, Korrodi realizou uma obra que influenciou a noção de conforto, conjugando a perfeição de acabamentos com o traçado minucioso dos interiores.

Num período em que a diversidade estilística vai desde a Arte Nova às persistências do período eclético e revivalista do séc. XIX, com a afirmação de uma vertente tradicionalista "renovada" na arquitectura nacional, ligada à gramática da "Casa Portuguesa" poder-se-á considerar que, acima de tudo, o grande contributo de Ernesto Korrodi à Arte em Portugal assenta na novidade das suas propostas teóricas e práticas e sentido reformador do artesanato artístico. Além disto a perspicácia presente no diálogo que soube manter com uma estrutura de sociedade, a cujas persistências no tempo a sua própria obra não pôde escapar, foi decisivo para gerar obras que expressam uma coexistência pacífica entre o velho e o novo, anunciador de uma nova época.

Assim, estilisticamente, podemos afirmar que a resposta de Korrodi às encomendas públicas corresponde a um registo eclético mais decorativo, predominantemente maneirista ou barroco; na arquitectura privada, a sua obra oscila entre as formas Pombalinas ou as da "Casa Portuguesa", adaptando por vezes uma ornamentação Arte Nova. Na arquitectura religiosa ou funerária desenvolvia um programa neogótico que, apesar do surto neo-romântico, melhor correspondia às suas inclinações pessoais.
 
Em Castelo de Vide, as obras atribuídas a Ernesto Korrodi são:
- Casa do Povo
- Cine-Teatro, 1940 (com Ernesto Camilo Korrodi)
- Balneário das Termas
- Transformação de um prédio na rua da Arrochela, propriedade do Sr. Francisco José Bugalho, 1915
- Reconstrução da casa da Quinta da Luz, propriedade do Dr. António Flores, 1920
- Transformação de uma moradia, propriedade da Sr.ª D.ª Arminda Durão Cordeiro
- Ampliação de um prédio pertencente ao Dr. Adolfo Bugalho, 1937
- Prédio de rendimento, propriedade da Sr.ª D.ª Júlia Moura
 
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Antigos Paços do Concelho, Castelo de Vide

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Antigos Paços do Concelho, Castelo de Vide

 

Num recanto da rua do Relógio, quase logo à entrada da vila da Vide, encontra-se uma velha e pequenina casa de pórtico ogival, escada exterior e arco aberto, a ligar aquela rua com a rua do Balcão que se diz ter sido o primeiro Paço do Concelho, onde os Vereadores ditaram as regras e posturas municipais, nos séculos XIV e XV.

 

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